Vieses inconscientes devem ser combatidos no ambiente empresarial

Experiências e situações vivenciadas criam um conjunto de estereótipos e crenças no dia a dia das pessoas, que acabam por influenciar diretamente no comportamento do indivíduo. O seminário “Diversidade: Os Vieses Inconscientes nas Empresas”, organizado pela Firjan em 06/09, procurou justamente debater essas ideias negativas preconcebidas em relação a um determinado aspecto ou grupo, como mulheres, negros e Pessoas com Deficiência (PcD).

De acordo com Andreia Rabetim, gerente da Fundação Vale, os vieses inconscientes estão ligados a aspectos culturais, que vêm se transformando. “O mundo urge diversidade e vemos o aumento da inclusão. As empresas devem seguir essa tendência também”, afirmou.

Para Leyla Nascimento, presidente da Federação Mundial de Recursos Humanos, é papel da área de RH comandar a promoção de um ambiente corporativo mais diverso e com menos vieses inconscientes. “O mundo está mudando e os valores no ambiente de trabalho também. As empresas precisam acompanhar esses avanços e, nesse sentido, o RH deve ser a área que comanda as mudanças de cultura organizacional”, disse.

Esse foi o caminho seguido pela Coca-Cola, por exemplo. Segundo Katielle Haffner, gerente sênior de Categoria e Sustentabilidade da empresa, o RH lidera a agenda de diversidade, mas criou, para envolver toda a empresa, subgrupos nos quais os colaboradores de todas as áreas podem entrar para pensar em ações. São eles: racial, LGBT, gênero, geração e PcD.

“Uma das ações que pensamos de modo a aumentar a diversidade dentro da companhia foi ampliar nossa gama de universidades contempladas nos processos seletivos para trainee, abrindo espaço para outras pessoas se destacarem. Percebemos muitos talentos fora das universidades ditas como melhores. Ultrapassamos esse viés inconsciente”, explicou. Katielle afirmou ainda que esse movimento só foi possível com o apoio da alta gerência.

Canadá é referência

Referência no tema, o Canadá tem uma longa história de políticas públicas que promovem a inclusão e a diversidade. Evelyne Coulombe, cônsul-geral do Consulado do Canadá no Rio de Janeiro, detalhou essas iniciativas: “Um dos nossos maiores desafios são os vieses inconscientes. Umas das ações mais recorrentes nas empresas canadenses para combater isso é o treinamento dos líderes sobre o tema e a criação de comitês sobre diversidade”.

Para a Firjan, o tema diversidade é pauta prioritária junto ao Conselho Empresarial de Responsabilidade Social. Por isso, fomenta constantemente o debate sobre o assunto. “Dentro do campo empresarial, o entendimento e a disseminação do tema podem colaborar para estimular a construção de um ambiente corporativo mais igualitário, diverso e produtivo”, observou Luiz Césio Caetano, presidente do Conselho Empresarial de Responsabilidade Social da federação.

Fonte: Firjan

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