Termômetro da Indústria mostra que crise parou de se agravar
O ritmo de agravamento da crise econômica está diminuindo. É o que mostra o
Termômetro da Indústria
, a nova ferramenta interativa que reúne o desempenho de nove indicadores do setor industrial: produção, horas trabalhadas, emprego, faturamento, exportações, intenção de investimento, confiança do empresário, utilização da capacidade instalada e estoques. A combinação desses indicadores revela se a indústria brasileira está indo bem ou mal em determinado período.
Elaborado pela
Confederação Nacional da Indústria (CNI)
, o Termômetro mostra que, entre os indicadores divulgados em agosto, cinco tiveram desempenho positivo, três foram negativos e um neutro. A predominância de resultados positivos indica que há sinais de que a crise parou de se agravar, embora a atividade industrial ainda não tenha se recuperado, observa a
Nota Econômica
, que apresenta o Termômetro da Indústria.
“Ainda não é possível dizer que a crise ficou para trás. Mas o comportamento de alguns indicadores é um sinal de que as coisas começam a melhorar e que as medidas adotadas pelo governo até aqui estão na direção correta”, afirma o presidente da CNI,
Robson Braga de Andrade
. Ele avalia que a recuperação da economia será lenta e dependerá, sobretudo, de ações efetivas para reequilibrar as contas públicas e das reformas estruturais, como a da Previdência e a modernização da legislação trabalhista.
Além do retrato da situação da indústria, obtido pela combinação do desempenho conjunto dos nove indicadores, o internauta pode acompanhar, a evolução de cada um dos dados e a respectiva série histórica. A ferramenta explica o que mede, porque é importante e como interpretar cada um dos indicadores.
Os indicadores com desempenho positivo:
1) Produção industrial:
em junho, o indicador cresceu 1,1% em relação a maio, na série livre de influências sazonais. Foi o quarto aumento consecutivo da produção, o que confirma a reversão da tendência de queda registrada desde 2013. Mesmo assim, a produção industrial está 18,4% menor do que o pico histórico, verificado em junho de 2013. A produção industrial é calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (
IBGE
).
2) Horas trabalhadas na produção:
em junho, o indicador, calculado pela CNI, cresceu 0,2% na comparação com maio na série dessazonalizada. Ainda assim, está 7,8% abaixo do registrado em junho de 2015 e permanece com tendência de queda.
3) Faturamento:
em junho, o faturamento da indústria, calculado pela CNI, cresceu 2%, na série livre de influências sazonais. Mas ainda está 8,3% menor do que o de junho de 2015 e mantém a tendência de queda.
4)
ICEI
:
em agosto, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) alcançou os 51,5 pontos. Foi a primeira vez em 28 meses que o indicador, calculado pela CNI, ultrapassa a linha divisória dos 50 pontos, que separa o otimismo do pessimismo.
5) Exportações:
em julho, a quantidade exportada de produtos manufaturados cresceu 4,7% e está 8,1% acima do registrado em igual mês de 2015. O indicador, elaborado pela Funcex, registra tendência de crescimento e acumula aumento de 26,4% entre fevereiro de 2015 e julho de 2016.
SAIBA MAIS
– Acesse o
Termômetro da Indústria
para acompanhar os principais indicadores do setor. Leia a
Nota Econômica
que avalia os dados do Termômetro da Indústria.
Por Verene Wolke
Da
Agência CNI de Notícias