Preço do gás natural pode cair mais de 60% em dois anos
O preço do gás natural pode cair mais de 60% nos próximos dois anos. A expectativa do Governo do Estado é terminar os estudos sobre essa revisão em três meses. A informação foi divulgada pelo Secretário Estadual de Desenvolvimento Econômico, Lucas Tristão, numa audiência pública da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) que investiga as condições de distribuição do gás no estado, realizada nesta segunda-feira (12), no Palácio Tiradentes.
De acordo com Tristão, a queda na tarifa será possível porque a empresa concessionária não investiu parte dos recursos estabelecidos em contrato para expansão da oferta de gás. “A revisão quinquenal da tarifa deve levar a um preço menor, devido ao subinvestimento realizado pela Naturgy nos últimos anos. A nova regulação do gás pode reduzir o preço da molécula em até dois terços nos próximos anos”, disse.
O presidente da CPI, Max Lemos (MDB), destacou que a queda no preço do gás e a melhora no serviço de distribuição vão alavancar o desenvolvimento do Estado. “O gás precisa baixar de preço para que o Estado fique competitivo. O gás no Rio de Janeiro não pode ser mais caro que o gás em São Paulo”, avaliou o parlamentar.
O deputado Rodrigo Bacellar (SDD), relator da CPI, afirmou que o preço do gás é fundamental para a retomada dos empregos no Estado. “Houve um aumento no valor de 98% nos últimos dois anos, segundo relatório da Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro). A alta da tarifa coloca em risco por volta de 40 mil empregos no estado”, declarou.
Celso Mattos, Presidente do Sindirepa, ressaltou a importância em calcular os desinvestimentos, a real demonstração de eficiência e o investimento no desenvolvimento “Não podemos trabalhar com empresas de concessão que não estejam dispostos a fazer investimentos no Estado, queremos o certo, o justo, se necessário acionaremos o Ministério Público. No dia 04 de setembro, abrindo o formato das contas pela ANP, iremos estudar todos aumentos do passado e eventual falha de conduta terá que ser penalizada. Não podemos ter o GN nesse valor, o preço justo para o GNV gira em torno de R$1,93 para o consumidor final.”. Questionado sobre o prazo de 2 anos, o Presidente do Sindirepa disse “Estamos otimistas que ao longo de 18 meses estaremos com o mercado bem mais competitivo, infelizmente alguns pessimistas, fomentadores do carro elétrico e do trabalho desenvolvido no Estado trabalham com fake news na tentativa de prejudicar esse belo trabalho“, Finalizou Celso Mattos.
Fonte: Alerj, Firjan e Sindirepa