Polícia Civil apreende 10 mil peças falsificadas de 11 marcas diferentes
Produtos de 11 marcas foram apreendidos: veja como evitar
A Polícia Civil de São Paulo apreendeu um estoque de 10 mil peças automotivas em Valinhos, região de Campinas, na grande São Paulo. As peças eram falsificadas e recebiam embalagens, selos e outros detalhes para disfarçar a origem falsa.
Os policiais chegaram ao local por meio de uma denúncia anônima e encontraram uma linha de produção de peças que recebiam logotipos e selos de falsa autenticidade. Foram apreendidos produtos de 11 marcas diferentes com peças de ignição, cabos, iluminação e acessórios para veículos.
De acordo com a polícia depois da falsificação os produtos eram anunciados em plataformas de venda pela internet. O responsável pelo espaço foi preso mas pagou uma fiança de R$ 3 mil e foi liberado em seguida.
MAS COMO DIFERENCIAR UMA PEÇA PIRATA DE UMA ORIGINAL?
Bem, receita mágica não existe. Se a falsificação for “bem feita”, não é fácil o trabalho de reconhecê-la. Apenas os olhos atentos de quem conhece o produto conseguem identificar sem um exame mais aprofundado em laboratório. Muitas dessas cópias são feitas por técnicos treinados a partir de engenharia reversa sobre o produto original, o que dificulta muito a identificação.
A diferença está nos detalhes. Detalhes que o fabricante do item original conhece. Na dúvida, contate-os. Eles ficarão felizes em te ajudar a identificar uma falsificação, pode ter certeza. É interesse deles.
A indústria também tem feito sua lição de casa, aperfeiçoando os seus mecanismos de segurança: QR codes, selos holográficos, padrões etc. Contudo, é preciso ter em mente que isso apenas dificulta temporariamente a ação dos criminosos. “Cada vez que a indústria constrói uma ratoeira melhor, a pirataria constrói um rato melhor”. É uma luta sem fim – pelo menos, por enquanto.
É nesse ponto que a parceria com os fabricantes pode ajudar muito, pois, eles podem dar “dicas” importantes sobre a identificação dos seus produtos. Outro ponto importante é a procedência.
Desconfiar de preços muito baixos e “conversa fiada” de “vendedor de tapete voador” é o primeiro passo. Peça só se compra de distribuidor ou comerciante com nota fiscal. E muito bem redigida, com a descrição completa dos produtos. E, mesmo assim, faça a verificação de segurança. O comerciante que vendeu para a oficina pode ter sido enganado.
Arquivar, mesmo que digitalmente, a nota fiscal de compra, a embalagem e a ordem de serviço onde a peça foi aplicada, são outras boas práticas. Isso sem falar das obrigações fiscais.
A pirataria vai desaparecer? Não por enquanto. Então é preciso saber conviver com ela, mantendo uma boa distância. Pequenas atitudes como as descritas, apesar de aparentemente trabalhosas, podem poupar o mecânico de boas dores de cabeça e preservar a sua boa reputação.
Fonte: O Mecânico