Estudo elaborado pela
gerência de Petróleo, Gás e Naval da Firjan constatou que o preço do gás natural no estado do Rio de Janeiro subiu 98% nos últimos dois anos. A nota técnica
“Gás natural: impactos socioeconômicos para o Rio de Janeiro” aponta que o modelo de precificação custou R$ 1,6 bilhão para consumidores de gás fluminenses, colocando em risco pelo menos 40 mil empregos diretos industriais.
De acordo com o coordenador de Conteúdo Estratégico da gerência de Petróleo, Gás e Naval da Firjan, Thiago Valejo Rodrigues, desde a implementação do novo modelo contratual na região Sudeste, chamado de Contrato Renegociado, pela Petrobras, de janeiro de 2017 até o final de 2018, o preço do gás natural acumulou aumento de 98%.
“Até conseguir ter um mercado dinâmico, com mais fornecedores e uma tarifa menor, a indústria precisa sobreviver”, destaca Valejo, citando que o alto custo está inviabilizando a atividade de segmentos industriais como o de produção de sal, vidro e aço.
O coordenador explica ainda que enquanto avanços regulatórios para o mercado de gás precisam ser implementados, “enquanto isso não acontece, seguiremos reinjetando mais de 30% do nosso gás produzido, ao invés de estimular novos mercados consumidores para desenvolver o estado”. Isto impacta negativamente a competitividade da indústria consumidora de gás natural, bem como também a percepção de economia da utilização de Gás Natural Veicular – GNV.
Conforme o especialista de Petróleo, Gás e Naval da Firjan, Fernando Montera, o gás natural é um combustível que não é facilmente substituído. Isso não apenas porquê a troca gera custos de adaptação, mas também pelo fato de que a sua utilização é fator de qualidade para o produto final e contribui para o atingimento das metas de redução de emissões de gases de efeito estufa estabelecidas tanto pela COP21 quanto pela Política do estado do Rio sobre Mudança Global do Clima e Desenvolvimento Sustentável.