Defasagem no preço do diesel da Petrobras chega a 11%; na gasolina, a 9%; a estatal já precisaria aumentar o preço
O preço do óleo diesel vendido pela Petrobras nas refinarias às distribuidoras estava 11% abaixo das cotações no mercado internacional na manhã desta sexta-feira (07), segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).
Com isso, a estatal precisaria aumentar o preço desse combustível em R$ 0,62 por litro, em média, para alcançar a paridade com os preços internacionais.
No caso da gasolina, o preço no mercado interno estava 9% abaixo da cotação internacional na manhã desta sexta, indicou a Abicom. O espaço para o reajuste na gasolina é de R$ 0,32 por litro, em média.
O diesel da Petrobras é vendido a R$ 4,89 o litro, em média, desde 19 de setembro, enquanto o da gasolina está em R$ 3,53 desde 1º de setembro.
Paridade de preços
A companhia precisa seguir a paridade com os preços internacionais para viabilizar a importação de combustíveis por outros agentes e evitar problemas de abastecimento. Atualmente as importações suprem cerca de 30% do mercado nacional, pois as refinarias brasileiras conseguem atender apenas 70% da demanda do país.
Nos últimos dias houve forte aumento das cotações do barril de petróleo no mercado internacional, por causa do anúncio da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de que vai reduzir a produção. Isso reduz a oferta global da commodity, afetada também pelas sanções à Rússia.
Na manhã desta sexta, o petróleo tipo Brent, principal referência global, subia 0,59%, cotado a US$ 94,91 o barril. G1