O Sindirepa, a Firjan, o BNDES e o Governo estudam alternativas para veículos leve e pesados no GNV
Uso do gás natural para o transporte, sem esquecer do veículo leve
Reuniu-se no dia 02 de julho de 2019, o Presidente do Sindirepa e do Comitê Nacional do GNV, Celso Mattos, o seu Vice Presidente no Comitê, Gabriel Kropsch, a Subsecretaria de Gás, Cristina Pinho, a Gerente de Petróleo e Gás, Karine Fragoso, o Gerente de Petróleo e Gás do BNDES, André Pompeo para dialogo sobre o desenvolvimento do programa do GNV pesado e leve.
A utilização do gás natural como combustível veicular atende a automóveis, ônibus e caminhões. Em 2017, o consumo de gás veicular (GNV) no Brasil foi de 5,4 milhões de m3/dia, sendo destinado principalmente ao uso em automóveis, diferentemente do que ocorre em países como Argentina, Estados Unidos e China.
Embora proporcione uma economia para o usuário de cerca 50% em relação à gasolina e de 30% em relação ao diesel, o emprego do gás natural como combustível no Brasil ainda se dá majoritariamente por taxistas e motoristas de aplicativos. Um dos fatores que limita seu uso é a necessidade de instalar o kit gás no automóvel, já que atualmente não são fabricados veículos a gás natural no país.
Uma forma de aumentar o uso do gás veicular no Brasil seria adaptar, para sua utilização, a frota de ônibus municipais, nas grandes cidades, e intermunicipais, nas regiões metropolitanas, aproveitando a boa distribuição já existente. A utilização desse combustível proporcionaria melhoria ambiental nos municípios, em virtude da redução de 20% a 30% na emissão de CO2e de cerca de 90% nos particulados emitidos pelo diesel.
A princípio, a rede de distribuição atual não seria um obstáculo para o uso de gás natural em trajetos mais longos, desde que a origem e o destino da viagem estivessem conectados à rede de gasodutos. Com autonomia para vencer grandes distâncias, os ônibus movidos a GNV poderiam ser abastecidos no início e no fim de rotas como Rio de Janeiro-São Paulo, Campinas-Belo Horizonte, Rio de Janeiro-Macaé e Rio de Janeiro-Belo Horizonte.
Nesse sentido e mantendo a sua vanguarda, o Governo do Estado acatou a solicitação do Sindirepa com o apoio da Firjan e do BNDES para formatarem uma proposta no prazo de 90 dias.
Paralelamente será apresentado o impacto na economia do Estado na conversão de veículos. Estudo inicial demonstra que a cada 10% da frota convertida o Estado economizará R$58 milhões. O prazo de entrega do documento final será de 45 dias.
Segundo o Presidente do Sindirepa, Celso Mattos “a ideia de converter veículos pesados é uma necessidade, reduzirá o custo de transporte de carga, o custo do transporte de passageiros, trazendo ainda melhorias ambientais significantes”.
“A frota do Estado poderá ter números elevados na redução de custos, pois além da economia eliminará o desvio de combustível. Não podemos esquecer que o exemplo do Estado poderá estimular outras novas conversões, gerando novos postos de trabalho”.
O Sindirepa, a Firjan, o BNDES e o Governo estudam alternativas para veículos leve e pesados no GNV