Para o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon, o aumento do consumo do combustível é um indicador da gradual recuperação econômica em 2018. Ele destacou também a opção de escolha dos clientes. “O consumidor final vem percebendo cada vez mais a economia em rodar com GNV diante da alta nos preços dos combustíveis líquidos e também o conforto e segurança do abastecimento contínuo no uso residencial do gás natural”.
Os números do levantamento da Associação em abril, na comparação com o mesmo mês em 2017, revelam ainda o aumento da utilização de gás natural em três segmentos além do Industrial: Automotivo, com alta de 12,7%, mantendo a competitividade do GNV; Comércio, com 3,9%, reflexo de uma ligeira melhora na economia do país e o Residencial, que teve acréscimo de 10,7% puxado pelos investimentos das concessionárias em expansão na rede de distribuição.
Por sua vez, na cogeração de energia, os números ficaram estáveis na comparação com abril do ano anterior, apresentando alta de 15,2% no acumulado do ano frente a 2017. Por região, na comparação com o mês anterior, o consumo no Centro-Oeste teve 11,8% de expansão no setor comercial. Na região Nordeste, o destaque foi para a alta no consumo da indústria: 6,9%. O Norte teve crescimento no consumo de matéria-prima, registrando 28,5%. Já o Sudeste contou com aumento 7% na cogeração, enquanto que na região Sul destacou-se o segmento industrial, com elevação de 7,1%.
Na visão de Salomon, o combustível é uma alternativa estratégica para o país, que necessita diversificar e expandir sua utilização na matriz energética nacional. “Para que o gás fique ainda mais competitivo, é preciso que o Brasil estimule a concorrência e aumente o número de ofertantes, cuja comercialização hoje é feita exclusivamente pela Petrobras”, afirmou o presidente.
O número de consumidores de gás natural em abril ultrapassou a marca dos 3,36 milhões. São 3.161 indústrias, 39.377 estabelecimentos comerciais, 3.319.369 consumidores residenciais e 1.567 postos que distribuem GNV.