Ritmo de queda na produção e no emprego na indústria desacelerou em junho, informa CNI

Indústria


Os principais problemas enfrentados pelas indústrias no segundo trimestre foram a elevada carga tributária, com 44,9% das menções, e a demanda interna insuficiente, com 43,2% das respostas

A melhora das perspectivas dos empresários e a desaceleração do ritmo de queda da produção e do emprego sinalizam para a recuperação da indústria brasileira. O indicador de expectativas para os próximos seis meses em relação à demanda aumentou para 52,9 pontos, o de quantidade exportada alcançou 51,8 pontos e o de compras de matérias-primas subiu para 50,8 pontos neste mês, informa a

Sondagem Industrial

.

A pesquisa foi divulgada nesta segunda-feira (18), pela

Confederação Nacional da Indústria (CNI)

. Os três indicadores de expectativa estão acima da linha divisória de 50 pontos, que separa o otimismo do pessimismo.  Em julho do ano passado, os três indicadores estavam abaixo da linha divisória dos 50 pontos, o que confirma a melhora da confiança dos empresários.

Além disso, o ritmo de queda na produção e no emprego também foi menor em junho do que o observado no mesmo mês de 2015. O indicador de evolução da produção ficou em 46,6 pontos neste mês. Em junho do ano passado, foi de 40,3 pontos. O de evolução do número de empregados  alcançou 44,6 pontos, pouco maior que os 40,7 pontos registrados em julho de 2015. “Os indicadores de evolução da produção e do emprego vêm apresentando trajetória ascendente desde o início do ano”, observa a CNI. Mesmo assim, os índices continuam abaixo dos 50 pontos, o que indica resultados negativos.


INTENÇÃO DE INVESTIMENTOS –

Outro ponto positivo apontado pela Sondagem Industrial é a redução dos estoques pelo oitavo mês consecutivo. O índice de evolução dos estoques ficou em 47,8 pontos em junho, 1,1 ponto inferior ao observado em maio. O indicador varia de zero a cem pontos. Quando fica abaixo de 50 indica queda nos estoques. Mesmo assim, os estoques permanecem dentro do planejado pelos empresários.

Com isso, o nível de utilização da capacidade instalada se mantém em 64% desde março e está 8 pontos percentuais abaixo da média para os meses de junho, o que confirma a alta ociosidade no parque industrial.  A elevada ociosidade desestimula os investimentos. O indicador de intenção de investimentos ficou em 41,4 pontos em julho, praticamente igual aos 41,2 pontos registrados em  junho. Quanto menor o índice, menor a disposição dos empresários para investir.


OBSTÁCULOS –

De acordo com a Sondagem Industrial, os principais problemas enfrentados pelas indústrias no segundo trimestre foram a elevada carga tributária, com 44,9% das menções, e a demanda interna insuficiente, com 43,2% das respostas. Em terceiro lugar, com 27% das assinalações, aparecem as taxas de juros elevadas e, em quarto, com 25,2% das respostas, a inadimplência dos clientes.

Esta edição da Sondagem Industrial foi feita entre os dias 1º e 13 de julho com 2.589 empresas. Dessas, 1.054 são pequenas, 946 são médias e 589 são de grande porte.


SAIBA MAIS

– Acesse a página da

Sondagem Industrial

para fazer o download da pesquisa na íntegra.

Por Verene Wolke

Da

Agência CNI de Notícias

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