Estudo do Google aponta cenário positivo para PMEs de autopeças
Com a queda na venda de carros novos e a necessidade de manutenção de uma frota que tem em média seis anos de vida, o setor de carros usados vem se desenvolvendo de forma significativa. Acompanhando esse cenário, o Google apresenta um mapeamento do mercado, a 2º edição do Estudo do Setor de Autopeças, que promove o cruzamento de dados do setor com insights sobre o comportamento do brasileiros nas buscas feitas pela Internet.
— A procura pela categoria de autopeças vem crescendo a um ritmo de 40% ao ano, muito acima do esperado, enquanto o varejo total cresceu 25% no mesmo período — diz o head de soluções de marketing do Google Rodrigo Rodrigues.
O estudo da empresa identificou que a maioria das buscas tem origem na região Sudeste, sendo seguida pelo Sul e Centro-Oeste, e que as peças são adquiridas por pessoas da classe A e B, com idade entre 25 e 54 anos e predominantemente homens. As mulheres representam 20% das vendas de autopeças.
Segundo o executivo do Google, esse cenário abre oportunidades em meio à crise também para as Pequenas e Médias Empresas (PMEs) e em especial para as que têm pneus em seu portfólio, ou são especializadas no assunto, e querem oferecer informações mais precisas sobre seus produtos.
— O pneu é um dos mais buscados no Google e desperta três vezes mais interesse do que a subcategoria baterias, por exemplo. Aro e marca são atributos importantes na busca. Aro 14 e 15 correspondem a mais de 50% delas, a busca por capacetes, baterias, farol e volantes também tem crescido — afirma Rodrigo.
A DPaschoal, que desde 2015 atua no mercado de e-commerce e também no comércio eletrônico omni channel (venda em todos os canais) de pneus do Brasil, percebeu a necessidade de aumentar sua presença na rede e se preparar para demandas como essa e para isso implantou as ferramentas do Google.
— Utilizamos principalmente Google Meu Negócio, YouTube e o Google AdWords e atingimos resultados expressivos, tanto para entregar o conteúdo buscado pelo usuário quanto para aumentar a presença da marca no meio digital, inclusive no mobile, que hoje representa mais de 55% dos acessos ao site — declara o analista de marketing digital da DPaschoal, Hugo Santos.
Conforme o executivo, o processo de construção da jornada do cliente foi guiada pela preocupação em proporcionar a melhor experiência para os usuários.
— Com o Google Meu Negócio, foi possível disponibilizar informações de horários de funcionamento, endereços e telefones das mais de 160 lojas, tornando-se viável a avaliação das lojas. O YouTube permitiu gerar conhecimento, conscientização e fomentação do mercado com vídeos explicativos sobre cuidados com o carro e acima de tudo como saber o momento certo de trocar pneus e peças, até porque o consumidor busca informação para se preparar e evitar situações oportunistas na hora de realizar a manutenção do veículo — revela Santos, explicando que o Google AdWords possibilitou inúmeros caminhos para estar presente quando o usuário precisar de algum serviço automotivo e pneus.
Dados do setor:
– Atualmente a frota tem em média seis anos, exigindo manutenções periódicas. Essa situação tem aquecido fortemente o mercado de autopeças, que se mantêm resiliente, com previsão de crescimento de 18% em 2017 (Sindipeças), o que representa R$ 12 milhões.
– De acordo com a Fecomércio-SP, 2% do total de vendas do varejo naquele Estado já vem de autopeças, com participação maior do que móveis e decoração (1.3%).
– O setor tem um faturamento de R$14 bilhões ao ano (Sindipeças e Fecomércio).
– As vendas on-line e off-line (jan a out/2016) apontaram crescimento de 5,4%. As vendas do varejo encolheram 6.7% e a de automóveis foram reduzidas em 22.8% (IBGE, Fenabrave e Sindipeças).
– A categoria vem crescendo a um ritmo de 40% ao ano. O varejo total cresce 25% ao ano (Google).
– A compra de acessórios automotivos (ex.: tapetes e rádio) é basicamente feita por jovens (20 a 30 anos), predominantemente do sexo masculino e pelas classes B e C. Já as peças são adquiridas por pessoas da classe A e B, com idade entre 25 e 54 anos e predominantemente homens. As mulheres representam 20% das vendas de autopeças (Target Group Index).
– O comprador de acessórios ou peças está on-line (82%). Trinta e nove por cento deles já são e-shoppers frequentes (Target Group Index).
– Desde 2015, o volume de buscas pela categoria no YouTube dobrou de volume. São realizadas mais de 20 milhões de buscas mensalmente.
– As buscas por "faça você mesmo" também cresceram diante da crise (ex.: como testar carburador ou como envelopar carros). Cresceu a um ritmo de 30% em 2016. Apesar de estar até um pouco abaixo da média de autopeças, teve uma aceleração muito grande. Aumentou 25% em 2015 e 5% em 2014.
– Pneus é uma das subcategorias mais buscadas, despertando três vezes mais interesse que baterias. Aro e marca são atributos importantes na busca. Aro 14 e 15 correspondem a mais de 50% delas (Google).
– Capacetes, baterias, farol e volantes são subcategorias com maior volume e crescimento, além de Pneus.
– A região Sudeste é a que mais busca por autopeças, sendo seguida pelo Sul e Centro-Oeste (Google).
FONTE: Zero Hora