Conjunto de práticas que proporcionam uma forma de gerenciar projetos mais adaptável às mudanças, as metodologias ágeis e sua aplicabilidade no dia a dia do negócio foram o assunto do Aquário Casa Firjan desta semana. Durante o encontro, profissionais com experiências múltiplas relacionadas ao tema conversaram sobre princípios que orientam a aplicação dos métodos ágeis, tais como a comunicação, a praticidade, a flexibilidade, a colaboração e a adaptabilidade.

“A vantagem é a de ajudar equipes e organizações a incorporar as mudanças de maneira menos dolorosa”, explica Carolina Abrantes, sócia-diretora e fundadora da Bridge & Co, ressaltando a funcionalidade da ferramenta em tempos de pandemia. “Um dos pilares da agilidade é a colaboração. Num ambiente de trabalho remoto, por exemplo, no qual há uma tendência a se isolar mais, temos, por um lado, mais liberdade para agir, mas, por outro, mais responsabilidade com a equipe. O comportamento comprometido, típico de quem trabalha num time ágil, é uma exigência no momento”, define.

Instrutor na Casa Firjan e Agile Coach na Lumis, Ramon Barbosa explicou que os métodos ágeis surgiram na indústria de Tecnologia da Informação para resolver problemas comuns a toda empresa no gerenciamento de projetos. “Etapas de produção longas e sem entrega definida, falta de clareza e comunicação entre os times e desalinhamento entre equipe e cliente, por exemplo, são problemas comuns, e os métodos ágeis foram criados para resolvê-los. A metodologia acabou alcançando outros mercados e o ‘ser ágil’ tornou-se um estilo de vida que chegou para ficar”, explica o instrutor, que ministra, nos dias 5, 10 e 11 de agosto, a “Oficina Scrum para equipes remotas on-line”, na Casa Firjan.

Édison Renato Pereira da Silva, professor da Escola Politécnica e da COPPE, na UFRJ, citou as metodologias ágeis como ferramentas para a transformação digital, um dos desafios da atualidade. “O nome transformação digital, por si só, já remete ao contexto de mudança. O 5G, uma internet 100 vezes mais veloz; chips cutâneos; dispositivos que medem a saúde de dentro do corpo; tudo isso compõe o cenário da tecnologia nos próximos dez anos e o caminho para as empresas se adaptarem é o dos métodos ágeis. Não estamos falando de invencionices, mas do benchmark atual, de adaptabilidade. Então é hora de começar a treinar as equipes, a definir metas curtas, a experimentar a agilidade”, finaliza ele.

O encontro contou com a apresentação de Iuri Campos, líder da Casa Firjan, e mediação de Michel Peçanha, especialista em Gestão Empresarial da Firjan IEL.

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Fonte: Firjan