Saiba o procedimento a ser adotado e o que as seguradoras de veículos cobrem em casos de perdas por chuvas
Saiba o procedimento a ser adotado e o que as seguradoras de veículos cobrem em casos de perdas por chuvas
As chuvas repentinas, típicas do verão, necessita de certa atenção dos motoristas. Até quem acredita que está resguardado pelo seguro do veículo deve ficar atento, principalmente ao contrato.
Segundo o Sindirepa, quem for surpreendido por um alagamento deve, em primeiro lugar, acionar o socorro. Em seguida, após o veículo ser rebocado (caso seja necessário), as informações passadas à seguradora deverão ser confirmadas por meio de uma perícia técnica. Se for detectada a impossibilidade de reparo do carro, a empresa indenizará o cliente conforme o contrato estabelecido entre as partes.
O Presidente do Sindirepa, Celso Mattos, faz alguns alertas e observações: “Assim que o carro entrar em contato com a água, o primeiro passo é soltar seu cinto de segurança e abaixar a janela. Se o volume da água estiver alto, você não conseguirá abrir a porta do carro por causa da pressão da água. Então, o segundo passo é sair do carro através da janela mais próxima antes que o carro fique submerso. Estudos apontam que você só tem cerca de um minuto para seguir estes dois passos antes que o carro afunde debaixo d’água. Não perca tempo tentando abrir a porta”, continua. “Quando há a possibilidade de reparo, a seguradora faz a lavagem e a higienização completa do motor, além da recuperação dos revestimentos e dos reparos necessários para o funcionamento do veículo. As seguradoras somente costumam contestar os casos em que o consumidor, sabendo do alagamento no local e podendo ficar onde estava, correu o risco de passar pela área inundada. Nessas situações, se conseguir comprovar o ilícito, a seguradora poderá negar a cobertura ao segurado”.
Segundo ele, a falta de conhecimento acaba atrapalhando ainda mais o proprietário do automóvel.
— “Muitas vezes, o motorista acaba agravando os danos sofridos pelo veículo, aumentando os custos do reparo que deveria ser feito, ou até condenando o motor e o carro” — afirma Mattos.
CONFIRA AS DICAS
Partida – Se, porventura, o motor morrer (desligar) no meio da enxurrada, nunca tente dar a partida novamente. Deixe o veículo desligado e procure uma oficina. Com a possibilidade de entrada de água, essa prática reduzo risco de danos causados ao motor por um calço hidráulico (quando entra água ou acumula óleo no interior da câmara de combustão).
Limite – Verifique a altura do nível de água do trecho pelo qual vai passar. Grande parte das montadoras estabelece uma altura máxima, que não pode exceder a do centro da roda.
Velocidade – Durante o alagamento, o motorista deve dirigir o veículo em baixa velocidade, mantendo uma rotação maior e constante do motor, observando se o ponteiro do conta-giros se mantém em 2.500rpm. Isso diminui a variação do nível e o volume de água que respinga no motor, dificultando a inundação do equipamento e a contaminação de componentes eletroeletrônicos. Outra vantagem é que melhora a aderência do veículo.
Ar-condicionado – Desligar o ar-condicionado reduz o risco de calço hidráulico. Essa prática impede que alguns componentes joguem água na entrada de ar do motor.
Check-up – Nos casos mais sérios de inundação, é recomendado fazer um check-up preventivo, corrigindo possíveis alterações do sistema de injeção eletrônica. Problemas muitas vezes simples e imperceptíveis nessa fase, como mau contato, podem gerar grandes transtornos, como a contaminação do canister (válvula que atua na injeção eletrônica).
Defeitos – Os problemas podem se estender aos óleos da transmissão e do eixo diferencial (que transmite a rotação do câmbio para as rodas), o que determina a redução da vida útil de componentes.