Proposta de GNV em quilo gerará perdas de R$ 1,3 bilhão para o país

Proposta de GNV em quilo gerará perdas de R$ 1,3 bilhão para o país

 

O Sindirepa apoia o Inmetro em ações de segurança e que venham a aprimorar a fiscalização para redução no desvio do GNV, atingindo principalmente o consumidor.

NO ENTANTO, a proposta do Inmetro em alterar a precificação do GNV na bomba para quilo não resolverá os problemas de fraude na venda desse combustível. Além de não resolver  a fraude, a proposta vai de encontro ao que o Ministro da Economia Paulo Guedes vem defendendo de energia barata e vai tornar para o consumidor o GNV um combustível aparentemente mais caro.

Toda a indústria opera em metros cúbicos, desde a produção até a distribuição, para que causar esse tipo distorção econômica? Se o Inmetro tem dificuldades de garantir a conformidade com as regras, se o Instituto não consegue ser eficiente e eficaz nas fiscalizações, devemos atuar para encontrar nesse processo o que precisa ser aprimorado, e não penalizar todo o mercado por uma culpa que não é dele.

Na bomba, a alteração para quilo irá tornar o GNV aparentemente 35% mais caro. E aqueles que atuam de verdade nesse mercado saberão o que isso irá causar. Sempre que o GNV se aproxima do preço do etanol na bomba há redução na procura pelo gás, como ocorrido no final de 2018, que causou uma queda acumulada de 12% na venda do GNV no Brasil desde então, de acordo com dados da Abegás.

A mudança de precificação para o quilo no GNV causará uma distorção da ordem econômica atual e, estima-se, que o custo para economia brasileira será em mais de R$ 1,3 bilhão, pela frustração de demanda pelo combustível e instalação de novos Kits de GNV. Além desse impacto, os planos de investimento das distribuidoras e de montadoras que planejam inserir no mercado veículos leves já preparados para utilizarem GNV poderão ser revistos.

De acordo com a apresentação do Inmetro, os problemas de fraude vão muito além da alteração para quilo. Por exemplo, isso não impedirá que vazamentos de óleo nos medidores ocorram, não impedirá que esse óleo seja abastecido nos carros como se fosse GNV.

A pesquisa (clique aqui) que serviu de base para justificar alteração foi no mínimo tendenciosa. O Instituto fez fiscalizações em menos de 10 postos de apenas um estado do país. Além de ter deixado claro que os postos escolhidos eram sabidamente problemáticos, ou seja, transferiu para as decisões de normatização uma noção própria do mercado como se fosse a realidade nacional.

Ações como bloquear o acesso ao sistema de alteração da densidade do gás nos medidores e a instalação de um simples software de histórico de alterações são algumas atitudes que terão efeito semelhante ou ainda mais efetivas que a alteração para quilo e não impactarão na ordem econômica do país.

Vale destacar que a Firjan e o Sindirepa entregaram a proposta do LGE ou LEE para o diretor do Inmetro, o documento é norteado pelo mercado americano, possibilitando total transparência para o consumidor final. (clique aqui para entender o LEE (Litro de Etanol Equivalente) ou o LGE (Litro de Gasolina Equivalente).

Segundo o Presidente do Sindirepa “São ações desencontradas que não fazem nenhum sentido. O setor produtivo é terminantemente contra essa alteração, vale lembrar que apresentamos uma excelente proposta, inclusive em sintonia com o Procon e o código de defesa ao consumidor, levando a proposta do  LEE (Litro de Etanol Equivalente) ou o LGE (Litro de Gasolina Equivalente). Perde o Rio de Janeiro, responsável por quase 70% das conversões, perde o Brasil. ” 

Continua “O setor responderá na consulta pública, bem como já estuda todas as ações judiciais para coibir essa grande ameaça para o setor automotivo”, finaliza Celso Mattos.

Todo o resto de ações fraudulentas apenas poderão ser evitadas se os órgãos responsáveis pela fiscalização fizerem o seu trabalho com toda a destreza que sabemos que eles são capazes.

Vale sempre destacar que o GNV além de ser um combustível que tem as suas emissões reduzidas, contribuindo com o meio ambiente e na economia do usuário. A título de explicação com R$50,00 (cinquenta reais) de abastecimento obtemos os seguintes resultados: 114 km percorridos na gasolina, 130 km no etanol e 214 km percorridos no GNV.

 

Celso Mattos

999241296

 

 

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