Nocaute debate como novos modelos de negócio podem renovar a indústria

O processo de mudanças de paradigmas da economia exigirá cada vez mais que as indústrias se renovem e estejam preparadas para novos comportamentos e hábitos de consumo. A segunda edição do Nocaute – Novos Caminhos para a Transformação Econômica levou à lona velhos conceitos para discutir como empresas de todos os portes e tipos ajustaram seus modelos de negócios para responder a esses desafios.

“O Nocaute olha para o futuro. E o futuro é uma ponte que precisamos construir hoje, pois em cada momento ele surge de maneira inexorável e prática. Nós, empresários, sentimos a necessidade de nos aprimorarmos e precisamos de coragem para não trabalharmos apenas de forma reativa”, resumiu Celso Dantas, vice-presidente da FIRJAN e presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Cosméticos e Higiene Pessoal no Estado do Rio de Janeiro (Sipaterj).

Gabriel Pinto, gerente de Indústria Criativa do Sistema FIRJAN, reforçou a importância do evento: “Nem todas as empresas têm área de pesquisa e desenvolvimento, de inteligência de mercado, ou de análise de tendências. E o objetivo do NOCAUTE é justamente suprir essa lacuna e provocar a reflexão sobre os desafios da sociedade que impactam diretamente os negócios”.

Reconhecimento

Tatiana Sanchez, coordenadora de Pesquisa e Estatística do Sistema FIRJAN, apresentou a pesquisa elaborada pela Federação junto a 347 industriais do estado do Rio, com o objetivo de conhecer o seu grau de entendimento sobre o tema e se estão alinhados à percepção do mercado.

O levantamento apontou que nove em cada 10 empresários reconhecem os novos modelos de negócio como uma opção de renovação para o setor produtivo. A maior parte deles também considera que para isso não é necessário grandes investimentos ou mudanças radicais.

“A inovação tecnológica é bem-vinda, mas não é imprescindível para novos modelos de negócio. Um exemplo é a padaria O Pão, que usou a internet, tecnologia já existente, para vender seus produtos online e com serviço de assinatura”, explicou.

Casos de sucesso

O evento apresentou experiências bem-sucedidas de empresas de variados segmentos na implantação de novos modelos de negócios. No Grupo Abril, o processo foi feito por meio da integração de diferentes elos de sua estrutura. A partir da união da expertise na venda e gestão de assinaturas, operações de licenciamento, produção de conteúdo e impressão gráfica a companhia lançou-se em novas frentes.

Assim nasceram negócios como a goBox, clube de assinaturas de produtos que acompanha a entrega de conteúdo qualificado, e a GoToShop, canal online para venda de artigos apresentados em suas publicações. O grupo também passou a prestar serviços de assinatura aos concorrentes.

Outro caso de sucesso é o do Grupo PSA, que, atento às transformações do comportamento do consumidor, está lançando uma nova marca. Criada há 200 anos, a empresa é detentora da Peugeot, Citroen e DS, e quer agora se posicionar como provedora de mobilidade por meio da Free2Move. O aplicativo, disponível em países da Europa, permite acesso a serviços de compartilhamento de veículos ofertados pelo grupo.

“Já somos referência como montadora de carros, e queremos agora oferecer soluções em mobilidade. Isso porque a sociedade está mudando, e as empresas têm que se adaptar aos novos valores, novos perfis de consumidor e fatores como a mudança climática”, afirmou.

Também foi apresentado um exemplo de novo modelo de negócio criado pela Elon Design, localizada no município de Petrópolis. Após participar da Oficina SENAI Design, a empresa decidiu criar produtos com design e maior valor agregado, que aumentaram sua margem de lucro, diferenciando-os do que já era ofertado no mercado.

A 2ª edição do Nocaute aconteceu em 12 de abril, na sede da FIRJAN.

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