6º Seminário apresenta nova forma de exibir preços de GNV nos postos de combustíveis

Um estudo iniciado há cinco anos pelo Sindicato da Indústria de Reparação (Sindirepa), pelo Comitê Nacional do GNV e pela gerência de Petróleo e Gás da Firjan tem como objetivo eliminar as distorções na apresentação de preços do GNV nos postos de combustíveis. A nova metodologia, apresentada durante o 6º Seminário Nacional do GNV com a presença do Deputado Federal, Julio Lopes, do também Deputado Federal/Licenciado e Secretário de Energia e Economia do Mar, Hugo Leal e o Procurador Geral da Alerj Robson Macedo.

O evento, realizado na Casa Firjan, utiliza o conceito de Litro de Gasolina Equivalente (LGE) como base de comparação de preços entre os combustíveis comercializados nos postos revendedores. Atualmente, o preço do combustível gasoso é exibido em metros cúbicos, o que confunde o consumidor na sua decisão final.

O presidente do Sindirepa e Vice-Presidente da Firjan, Celso Mattos, 1º Vice-presidente da Firjan, Luis Césio Caetano e a Presidente da Abiogás Renata Isfer

MÉTODO CONSIDERA PREÇO E RENDIMENTO ENERGÉTICO

O arcabouço adotado segue o modelo americano GGE (Galão de Gasolina Equivalente), que é exibido nas estações de serviço nos Estados Unidos para mostrar os preços do GNV. O cálculo é baseado no conteúdo energético fornecido por um litro de gasolina C e é utilizado como base para gerar o valor equivalente no diesel, etanol e GNV. Através da Metodologia LGE, são propostos os seguintes fatores de conversão que multiplicam os preços praticados nas bombas, dessa forma o valor a ser apresentado pelo posto será o valor atual multiplicado por, 0,75425. Como exemplo, um posto que cobra R$4,19, passará a informar o verdadeiro valor comparando com a Gasolina, ou seja, R$3,16 será o preço do GNV.

(FONTE: Gerência de Petróleo, Gás e Naval da Firjan)

Conforme apontado pelo presidente do Sindirepa, Celso Mattos, a proposta LGE nos postos de combustíveis permite uma comparação dos preços com base na mesma unidade energética, o que evidencia o real benefício do combustível gasoso em relação aos concorrentes. O objetivo é fornecer aos motoristas um ponto de referência de fácil compreensão. No modelo de apresentação adotado nos postos revendedores, temos o seguinte formato:

(FONTE: Gerência de Petróleo, Gás e Naval da Firjan)                                                                              

GNV, O COMBUSTÍVEL DO PRESENTE

O deputado federal e secretário de Estado de Energia e Economia do Mar, Hugo Leal, afirmou que o GNV é o combustível do presente, em contraste com a eletricidade e o hidrogênio, que são considerados o combustível do futuro. Ele ressaltou que o GNV possui tecnologias desenvolvidas internamente, amplamente reconhecidas e um mercado em crescimento. O objetivo principal é promover a adoção do GNV em veículos pesados, impulsionando a evolução energética.

O deputado é o autor do Projeto de Lei nº 4861/2023, que propõe a inclusão do GNV e do biometano no âmbito do RenovaBIO. Carolina Oliveira, coordenadora de Gás da Secretaria de Estado de Energia, apresentou o projeto dos Corredores Azuis, que abrange toda a infraestrutura necessária para postos de GNV ou biometano com alta vazão, a fim de atender veículos pesados e impulsionar o mercado de GNV. O Estado está buscando o apoio do governo federal e envolvendo os principais participantes na criação de corredores sustentáveis nas principais estradas de acesso, como a Avenida Brasil, as rodovias Washington Luís e Presidente Dutra.

Fernando Moura, diretor-técnico da ANP, comentou que o assunto do GNV está bem internalizado na agência reguladora e que as ideias apresentadas no seminário serão consideradas.

NATURGY PREPARADA

A diretora comercial da Naturgy, Gisélia Pontes, afirmou que a concessionária de gás natural do Estado está preparada para atender à demanda dos Corredores Azuis. De acordo com ela, existem 3.500 caminhões movidos a GNV, consumindo cerca de 220 metros cúbicos por dia cada um. No Rio de Janeiro, a Naturgy fornece aproximadamente 3,5 milhões de metros cúbicos do total de 6,5 milhões utilizados no mercado nacional. Atualmente, a empresa atende a 96 postos revendedores nas vias onde os Corredores Azuis estão previstos. Cinco desses postos já fornecem gás para veículos pesados, e a Naturgy planeja dobrar esse número até o final do ano. Segundo Gisélia Pontes, a empresa está totalmente estruturada para essa demanda.

Por sua vez, a presidente da Naturgy, Kátia Repsold, ressaltou a importância de levar o mercado de GNV para um “novo patamar”, focando nos veículos pesados, sem que seja esquecido a importância dos veículos leves. A concessionária planeja fornecer gás para 200 novos postos no Estado do Rio de Janeiro, visando expandir ainda mais esse setor.

Gabriel Kropsch, vice-presidente da ABiogás, expressou sua preocupação com oficinas que realizam conversões amadoras e ilegais no mercado de veículos pesados, bem como a presença de equipamentos provenientes de contrabando instalados em postos de GNV.

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