Depois das eleições o preço da gasolina vai disparar, Petrobras segura reajuste por causa do 2º turno das eleições
A Gasolina no Brasil não é a mais barata do mundo e vai voltar ao patamar de antes das eleições
Após sucessivos cortes no preço dos combustíveis, a Petrobras volta a ficar pressionada a reajustar o preço dos combustíveis para se adequar a paridade internacional. De acordo com a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), a defasagem da gasolina chega a R$ 0,32 e a do diesel R$ 0,62. O petróleo e derivados voltaram a subir no mercado internacional. Nesta sexta-feira (5), o Brent registra alta de 4,03%, cotado a US$ 98,45.
O preço do barril pode disparar após a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que decidiu cortar a produção global de petróleo em dois milhões de barris diários, o maior corte desde abril de 2020, no início da pandemia de coronavírus. Uma menor oferta pode pressionar a demanda e provocar uma alta dos preços, inclusive dos combustíveis.
Um eventual aumento dos combustíveis seria desastroso para a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta reeleição, e um dos motes é a derrubada do preço dos derivados de petróleo.
Bolsonaro escalou Caio Paes de Andrade para comandar a Petrobras. Desde então, ele vem promovendo sucessivos cortes nos produtos da estatal, desde os combustíveis até derivados de asfalto, a fim de amenizar a inflação ao consumidor.
De acordo com levantamento da Abicom, a defasagem média do preço do diesel atingiu 11% e da gasolina 9% hoje, sexta-feira, 07/10/2022.
Segundo o Presidente do Sindirepa, “Desenhamos esse cenário em setembro, inclusive alertamos os nossos associados. O governo errou ao interferir na política tributária dos combustíveis sem a devida equivalência de competitividade entre os mesmos. A tendência é o reajuste cerca de 15% da gasolina nos próximos dias. Acredito também que, até janeiro, teremos novos aumentos”. finaliza Celso Mattos.